top of page

Equipe Manzini leva o Pulse Abarth ao pódio nas 1000 Milhas de Interlagos

  • Writer: Robson Ribeiro
    Robson Ribeiro
  • Jan 27
  • 4 min read

Updated: Jan 28

Eduardo Bernasconi, Ricardo Dilser, Roberto e Victor Manzini ficaram em terceiro lugar na categoria T2, depois de 12 horas de prova.

Equipe Manzini celebra o terceiro lugar / Foto: Robson Ribeiro
Equipe Manzini celebra o terceiro lugar / Foto: Robson Ribeiro

A Equipe Manzini, formada por Eduardo Bernasconi, Ricardo Dilser, Roberto e Victor Manzini, fez uma prova histórica no GP Cidade de São Paulo Mil Milhas Chevrolet Absoluta, no último domingo (26/01). Depois de largar na última posição, por não ter marcado tempo na classificação, os pilotos do Pulse #70 fizeram uma ótima prova de recuperação e conquistaram o terceiro lugar da categoria T2 (motores até 2.1). Esta foi a primeira vez que o modelo da Abarth foi utilizado em competições.


Além do debut do Pulse Abarth, também foi noite de estreia para Victor Manzini, que nunca tinha corrido nas 1000 Milhas de Interlagos. O campeão rookie da Turismo Nacional em 2024, cujo objetivo profissional é se tornar piloto do WEC, o Mundial de Endurance da FIA, aprovou a experiência.


“Pude fazer umas quatro horas de pista, duas entre 2h e 4h da manhã, e depois cerca de duas horas a partir das 6h. Foi minha primeira corrida de endurance de verdade, e foi incrível. Corri à noite também pela primeira vez. É muito gostosa a sensação de correr no escuro [...] Correr na 1000 Milhas de Interlagos é uma experiência única. Acho que todo piloto, principalmente se for brasileiro, tem que fazer isso uma vez na vida pelo menos. É muito, muito legal!” disse Victor.

Pulse Abarth "quase original" calou os críticos


A Equipe Manzini teve apenas 18 dias para preparar a "versão 1000 Milhas" do Pulse Abarth, minimamente modificado, com a adição do kit de repotenciamento da BPower, que aumenta a curva de torque do motor e mantém as temperaturas de ar de admissão em níveis mais baixos. A potência de 185cv e o torque de 270 Nm do motor 1.3 Abarth foram ampliados para 205 cv e 310 Nm de força.


Apesar das poucas mudanças, enganou-se quem pensou que o modelo teria mau rendimento na pista - houve quem criticasse nas redes sociais, entre outras coisas, os freios utilizados. A terceira colocação na categoria T2 e o 28º lugar no geral provaram o potencial esportivo da Abarth, que segundo apurou a reportagem, esteve em negociações para ingressar na Stock Car este ano.


“Nós não tivemos nenhum problema mecânico. Tudo que previmos aconteceu. Fizemos apenas uma troca de pneus dianteiros e de jogo de pastilhas, como estava previsto, às oito horas da manhã. Sabíamos que no fim da corrida, depois das dez da manhã, teríamos que poupar mais o equipamento por causa do calor. Então diminuí as rotações nas trocas de marcha de até 5.600 giros para 5.000 giros, para poupar um pouco a temperatura. E o carro se comportou absolutamente perfeito” disse Ricardo Dilser.

“Não tivemos incidentes sérios, e o carro performou melhor do que a gente esperava. Nosso objetivo era chegar ao final da prova e chegamos. O carro se comportou muito bem, surpreendeu. Não tivemos problemas com nível de óleo, freio, homocinética, embreagem, transmissão ou turboalimentação. Entregamos o carro praticamente como ele chegou no box. Se houvesse outra corrida no fim de semana que vem ele estaria pronto. E nós estamos prontos para a próxima 1000 Milhas de Interlagos.” disse Eduardo Bernasconi.

Pulse Abarth estreia em competições / Foto: Robson Ribeiro
Pulse Abarth estreia em competições / Foto: Robson Ribeiro

Celebrações e "gostinho de quero mais"


A entrada da Equipe Manzini nas 1000 Milhas de Interlagos marcou também a comemoração dos 70 anos de Roberto Manzini, e dos 18 anos de seu filho, Victor. A conquista do pódio coroou o sonho do proprietário do Roberto Manzini Centro Pilotagem, que sempre desejou correr ao lado do filho. Para os amigos Eduardo e Ricardo, participar de um momento tão especial foi uma honra.


“Foi excelente voltar a participar de uma prova tão tradicional, ainda mais com parceiros tão importantes e relevantes como a família Manzini e o Ricardo Dilser, que é emblemático na indústria automobilística e envolvidíssimo com jornalismo automotivo e desenvolvimento de novos produtos.” disse Eduardo.

“Eu estava parado há muito tempo e o fato de ter sido competitivo foi uma experiência muito boa. Estar com a família Manzini é um ‘plus’ na minha carreira. E ter podido passar um pouco da minha experiência para orientar o Victor foi uma honra.” disse Ricardo.

"Foi muito importante para mim correr com meu pai, já comemorando os 70 anos que ele vai fazer e os 18 que eu vou completar. E subir ao pódio ao lado dele foi o prazer principal para mim." disse Victor.

Roberto Manzini ao lado do filho Victor no pódio / Foto: Robson Ribeiro
Roberto Manzini ao lado do filho Victor no pódio / Foto: Robson Ribeiro
“Foi muito gostoso, desafiador e gratificante. Eu não sonhava há algum tempo, e de repente fim do ano passado eu comecei a sonhar fazer uma corrida com meu filho. Aí nos juntamos a dois amigos que quiseram correr com a gente. Fizemos o carro em tempo recorde, superamos as últimas dificuldades técnicas já nos treinos oficiais, nem conseguimos fazer a classificação por isso, e meu sonho se realizou. É muito, muito, muito bom fazer uma coisa que você ama junto com pessoas que você ama, como eu amo meu filho e esses dois amigos antigos e especiais que são o Ricardo Dilser e o Eduardo Bernasconi. Não poderia haver início de celebrações melhor pelos nossos aniversários.” disse Roberto.
“Eu não queria voltar a pilotar porque sabia que agora vou querer mais. Não andei o que queria ter andado, me faltou velocidade. Eu vou ter que treinar para me preparar para o ano que vem.” completou. 

Comments


Commenting on this post isn't available anymore. Contact the site owner for more info.
bottom of page